Cartão do Cidadão

Indignação sobre o tratamento dos idosos para a renovação do cartão de cidadão.
Á idade avançada estão normalmente associados problemas de saúde a que o estado deveria prestar particular atenção por forma a facilitar a vida a quem já não tem (pai de 82 anos, invisual com incapacidade de 95%- não pode assinar) pretensões a se incorporar a esta sociedade digital, impessoal e ridícula a que chegámos.
Por isso questiono:
-Que sentido faz a curta periodicidade de renovação para cidadãos de idade avançada (70 ou mais anos) e não ser caraterizado como vitalício á semelhança do que procedia no Bilhete de identidade?
-Porque não se cria para este grupo etário a emissão automática e o envio para as suas moradas?
-Porque se obriga estas pessoas ao sacrifício da deslocação (neste caso acompanhado de uma botija de oxigénio, do cônjuge porque é o tutor e que tem dificuldades motoras, e de um filho que os acompanha) aos centros de atendimento entupidos, derivado a não estarem habilitados á utilização dos meios eletrónicos generalizados?
Porque é que um filho, mesmo autenticado pelos meios de segurança eletrónicos exigidos (no portal do cidadão), é impedidos do tratamento da renovação por via eletrónica por não ser o tutor. No caso um cidadão com incapacidade de 95% á já longos anos, e por isso é normal que o tutor seja o cônjuge com quem coabita, de idade similar com os mesmos constrangimentos relacionados com o domínio das novas tecnologias.
Porque é que os nossos governantes querem fazer crer que se preocupam com os idosos deste país?
Em suma, este país não é para velhos.